sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Bolsonaro recua com medo do julgamento do foro do seu filho Flávio

Publicidade
Publicidade
Publicidade
aaaaaaa

 O senador Flávio Bolsonaro (Patriotra-RJ) tenta há quase três meses emplacar seu nome de preferência na Corregedoria-Geral da Receita Federal, órgão central para destravar uma de suas teses defensivas que visa anular a origem da investigação do caso da “rachadinha”.


O filho do presidente Jair Bolsonaro quer a nomeação do auditor fiscal aposentado Dagoberto da Silva Lemos. Ele é ex-diretor do Sindifisco (sindicato da categoria), cargo no qual apontou a suposta prática de acesso ilegal a dados fiscais de servidores que defendeu. A tese é usada pelo senador para anular a origem do caso da "rachadinha".


Lemos teve, na primeira metade de julho, reunião com o presidente e Flávio para debater sua futura atuação no cargo.


Houve, porém, resistência do secretário-especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, que indicou o auditor Guilherme Bibiani para o cargo. O posto está vago desde julho, quando encerrou o mandato de três anos do antigo corregedor, José Pereira de Barros Neto.


Em nota, Flávio negou participação na escolha do futuro corregedor e disse que "essa decisão cabe ao presidente da República", embora a lei dê essa atribuição ao secretário da Receita. Lemos não retornou ao contato da reportagem.


A Corregedoria é órgão-chave para destravar a eventual confirmação de uma das teses defensivas do senador, de que teve seus dados fiscais acessados irregularmente. É dela a atribuição de apurar —e, eventualmente, divulgar— as ilegalidades apontadas pelos advogados de Flávio supostamente cometidas por auditores fiscais.


Barros Neto vinha resistindo em entregar informações sobre acessos aos dados fiscais do senador para os advogados de Flávio. O ex-corregedor é o segundo alvo da defesa do filho do presidente a perder um cargo. Em dezembro do ano passado, o auditor fiscal Christiano Paes Leme foi retirado da chefia do Escor07, o Escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro.





Os dois foram citados na petição da defesa do senador entregues a órgãos do governo federal em que descreve as supostas práticas de acesso irregular a dados fiscais.


Desde o ano passado, os advogados do senador alegam que seu cliente teve os dados fiscais acessados ilegalmente para fornecer informações ao relatório do Coaf, órgão de inteligência financeira que apontou as movimentações suspeitas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Publicidade

Seja o primeiro a comentar ;)

Postar um comentário

  ©Contra Bolsonaro - Todos os direitos reservados.

Template by Marcelo Teles | Topo